Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6


Conclamação

Todos os textos aqui postados são de minha autoria, salvo aqueles em que estiverem as devidas referências bibliográficas e links.
Devemos ser originais em nossas colocações, mas não imaginários e sim embasados tão somente nas sagradas escrituras e respaldados pela lingüística, ciência, história e legislação humana.




Direitos do Blog

O blog Jesus Cristo Príncipe da Paz tem seus direitos respaldados nos incisos IV, VI e IX do artigo 5º da Constituição Federal, abaixo transcritos:



IV – “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”

VI – “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos, salvo o dos que contrariem a ordem pública ou os bons costumes.”

IX – “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.



Respalda-se também Lei nº. 9610, de 19/02/1998, que rege o seguinte:

Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais:– a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e obra.





A morte no madeiro




Sha`ul (Paulo) na carta aos Gálatas disse que Yeshua (Jesus) se tornou maldito por nós, ao ter morrido no madeiro. 



"Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;" 

(Gálatas 3:13)


A maldição a que se referiu é a que encontramos no livro de Deuteronômio.  



"Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e for morto, e o pendurares num madeiro,

O seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim não contaminarás a tua terra, que o SENHOR teu Deus te dá em herança." 
 (Dt 21:22-23)


Até aqui tudo bem.Para leitores pouco aprofundados não há nada de estranho nisso, mas para os mais atentos, surge uma questão:



A morte no madeiro no livro de Deuteronômio não é a mesma sofrida por Yeshua, isto porque os Hebreus não crucifixavam os criminosos. O madeiro dos Hebreus era a árvore, onde eram pendurados DEPOIS DE MORTOS (ou enforcados). Por sua vez o madeiro romano era a cruz, a bem da verdade, uma estaca de execução. A pratica de pendurar os criminosos é uma prática herdada de outros povos anteriores.



Os registros históricos apontam para os Assírios, Persas, Egípcios, Sírios e Gregos.



Então chegamos ao ponto. Teria Sha'ul forçado o texto ou se enganado? Absolutamente.



A explicação que trás harmonia aos textos, está no grego. 



ξύλον (Xulon) que significa: Madeira, Árvore. 



A palavra Xulon não significa cruz (σταυρὸν - Stauron), então de fato, maldito não o que morre na cruz, mas sim no madeiro, independente se seja ou não uma cruz, melhor dizendo, não o que morre, mas o que é pendurado. 



A palavra Xulon é usada diversas vezes nas Escrituras como por exemplo em Apocalipse, onde se traduz por árvore.



"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore (Xulon)da vida, que está no meio do paraíso de Deus."  



(Ap 2:7)



A palavra aparece como forca em Josué. 



 "E ao rei de Ai enforcou num madeiro (Xulon), até à tarde; e ao pôr do sol ordenou Josué que o seu corpo fosse tirado do madeiro; e o lançaram à porta da cidade, e levantaram sobre ele um grande montão de pedras, até o dia de hoje." 



(Josué 8:29)



Concluindo: 



Apesar de o tipo de morte descrita no livro de Deuteronômio não ser a mesma sofrida por Yeshua, não há contradição nas palavras de Sha'ul, haja vista o enfoque estar no madeiro a despeito de se tratar de enforcamento ou crucificação. (Não importa se árvore ou artefato de mesma)




by Vanderlei L. Borkoski