Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6


Conclamação

Todos os textos aqui postados são de minha autoria, salvo aqueles em que estiverem as devidas referências bibliográficas e links.
Devemos ser originais em nossas colocações, mas não imaginários e sim embasados tão somente nas sagradas escrituras e respaldados pela lingüística, ciência, história e legislação humana.




Direitos do Blog

O blog Jesus Cristo Príncipe da Paz tem seus direitos respaldados nos incisos IV, VI e IX do artigo 5º da Constituição Federal, abaixo transcritos:



IV – “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”

VI – “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos, salvo o dos que contrariem a ordem pública ou os bons costumes.”

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Respalda-se também Lei nº. 9610, de 19/02/1998, que rege o seguinte:

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Os livros sagrados e os livros fundamentais da Fé judaíca



Dentro do Judaísmo existem os livros sagrados que são comuns também ao Cristianismo, chamados pelos judeus de: Tanah (que é o conjunto de Torah (Lei ou Instrução), Nevi'im (Profetas), K'tuvim (Escritos) ), esse conjunto de livros é conhecido pelos cristãos por: Velho Testamento.

Juntamente com este livro Tanah (Velho Testamento), temos também a Brit Hadashá (Novo Testamento), e ambos, em conjunto compõe a chamada Bíblia Sagrada, mas vale salientar que isso apenas para os Cristãos e os Judeus cujo seguimento reconhece a Yeshua (Jesus) como verdadeiro Messias, Filho de D-us, a esse seguimento dá-se o nome de Judaísmo Messiânico.

Para os demais seguimentos judaicos apenas a Tanah é verdadeira e inspirada por D-us.

Além destes dois importantes e sagrados livros, há outros livros de suma importância para os judeus, seu valor é histórico e litúrgico.

São eles:

O Talmud 

Praticamente, é a forma escrita de toda a instrução rabínica passada oralmente de geração a geração, a partir de Moshé (Moisés).


Compões de duas partes a Mishná e Guemará.

Ambas contem regras legais e discussões, dissecando e esclarecendo estas regras.
São dois Talmud, o de Jerusalém e o Babilônico, sendo este segundo considerado o mais importante e reconhecido sua plena autoridade.

O Midrash

Ao lado do Talmud desenvolveu-se outra literatura, que pode ser chamada de expressão poética ou espiritual do pensamento judaico.
Enquanto o Talmud se dedica principalmente à explicação da letra, o Midrash revela o espírito da palavra e da Lei.

O Midrash é o equivalente dentro da Teologia Cristã a Exegese / Homilética (Interpretação da Escrituras).

Midrash = Mi = Relação  /  Drash = Homilética, Interpretação. 

O Mishné Torah 

Conhecido como código de Maimônides - registra sistemática e logicamente a lei judaica. Foi escrita pelo Moshe ben Maimon.

Como já foi citado anteriormente aqui no Blog, Maimônides (Rambam) foi o autor dos treze princípios da Fé Judaíca.

Zohar

Trata-se de comentários místicos sobre a Torah, escrito em aramaico e hebraico medieval, é a base da Kabbalah (Misticismo Judaíco).

Não é de aceitação unanime.

Sidur

É um livro de orações tradicionais judaicas. Ele é muito utilizado pelos judeus, em suas orações diárias, e em ocasiões sagradas e solenes como os Shabat (Sábados) e as festas (como Páscoa, Tabernáculos, etc.)

Dentro do contexto e para finalizar falemos sobre a Parasha e a Haftará. 

Na época de Esdras e Neemias e da grande assembleia, quando o estudo da Torah foi restaurado, a Torah foi dividida em 54 porções, que correspondem as 54 semanas do calendário lunar dos judeus, cada uma dessas porções são chamadas de Parashiot.

O estudo das Parashiot começa após o início do ano novo judaico. Desta forma, o estudo tem início em Bereshit (Gênesis) e ao termino do ano judaico toda a Torah terá sido estudada.

Haftará, cujo plural é Haftarot é a parte do livro dos profetas (Nevi'im) e históricos / escritos (K'tuvim).
São lidos nas sinagogas depois da leitura da Torah, após o serviço matutino.

Esta pratica é oriunda ao período em que houve a proibição da leitura da Torah por parte de Antíoco Epifânio IV que dominou os judeus da época. O mesmo era indiferente a leitura de Nevi'im e K'tuvim, então os judeus adotaram a pratica da leitura e o fazem até hoje.





"Pois de Tzyon procederá a Torah, a Palavra de Adonai de Yerushalayim" 

Yesha'yahu (Isaias) 2:3





By Vanderlei L. Borkoski








Os treze princípios da Fé judaica.





A fé judaica está estabelecida em Adonai (Senhor), também chamado de HaShem (O nome) ou simplesmente D-us. A Torah (Instrução), é a revelação de D-us ao homem, onde estabelece Leis, diretrizes e revela sua Santidade. Atribui-se a Moisés (Moshé)  a autoria dos 5 livros que compõe a Torah,(Também conhecida como Pentateuco)  mas há controvérsias a esse respeito.

Pois bem, é da Torah de D-us que vem os treze princípios da Fé Judaica. E estes foram conceituados por um filósofo e comentarias judaico de grande expressão, a saber:

Moshé Ben Maimom (Maimonides)  (* 1135-1204  d.C )  ,  tido como o maior comentarista judaico.

( * 4895-4965 - Considerando o calendário judaico) 

Maimonedes também chamado Rambam (como é conhecido até hoje). Nascido em Cordoba na Espanha. 





Sua principal obra é Mishnê Torá, considerada até hoje como a mais conceituada e completa codificação da lei judaica. 

Maimonides é então o responsável pela "profissão de fé" judaica, conhecida como: "Os treze princípios da fé judaica". 

São estes:

1. Creio com plena fé que D-us é o Criador de todas as criaturas e as dirige. Só Ele fez, faz e fará tudo.

2. Creio com plena fé que o Criador é Único. Não há unicidade igual à d’Ele. Só ele é nosso D-us; Ele sempre existiu, existe e existirá.

3. Creio com plena fé que o Criador não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele.

4. Creio com plena fé que o Criador é o primeiro e o último.

5. Creio com plena fé que é adequado orar somente ao Criador. Não se dever rezar para ninguém ou nada mais.

6. Creio com plena fé que todas as palavras dos profetas são autênticas.

7. Creio com plena fé que a profecia de Moshê Rebênu é verdadeira. Ele foi o mais importante de todos os profetas, antes e depois dele.

8. Creio com plena fé que toda a Torá que se encontra em nosso poder foi dada a Moshê Rebênu.

9. Creio com plena fé que esta Torá não será alterada e que nunca haverá outra dada pelo Criador.

10. Creio com plena fé que o Criador conhece todos os atos e pensamentos do ser humano.

11. Creio com plena fé que o Criador recompensa aqueles que cumprem Seus preceitos e pune quem os transgride.

12. Creio com plena fé na vinda de Mashiach. Mesmo que demore, esperarei por sua vinda a cada dia.

13.Creio com plena fé na Ressurreição dos Mortos que ocorrerá quando for do agrado do Criador.



By Vanderlei L. Borkoski

Diáspora Judaica- Judeus Asquenazi e Judeus Sefaradi



A principio defini-se diáspora por:  Dispersão de uma povo por motivos políticos religiosos. 

Os judeus por conta da diáspora , instalaram-se na Europa, mais precisamente na Espanha e na Alemanha.

Os que se instalaram na Espanha são chamados Sefaradim, derivado do termo Bíblico "Sefarad".

"E os cativos deste exército, dos filhos de Israel, possuirão os cananeus, até Zarefate; e os cativos de Jerusalém, que estão em Sefarade, possuirão as cidades do sul."

(Obadias 1:20)

Sefarad = Espanhol   /  Sefaradim = Espanhois 

A Espanha se tornou a maior colonia judaica até 1492, então foram expulsos. Essa expulsão fez com que emigrassem para Portugal, Turquia, Holanda, Itália, França, Marrocos, norte da África, etc.

Os judeus Sefaradim instalados em Portugal, fugiram para o Brasil em 1500.

Os judeus Sefaradim ficaram 14 séculos isolados de Israel.

Quanto aos judeus instalados na Alemanha, tem seu nome derivado do termo Bíblico "Ashquenaz", conforme Gênesis 10:3

"E os filhos de Gomer são: Asquenaz, Rifate e Togarma."

Estes foram a segunda maior colonia judaica. Da Alemanha espalharam-se mais para o leste europeu: Ucrânia, Rússia, e Polônia (principalmente).

Asquenaz = Alemão / Asquenazim = Alemães


É válido salientar que a Diáspora judaica foi impulsionada pela expulsão dos mesmos de Jerusalém em 135 a.C pelo imperador Adriano, que permitia apenas que os mesmos retornassem um dia por ano para celebração do luto pela destruição do Templo (Beit Ha Mikidash).

Houve é claro outros períodos de diáspora, pode se considerar também o cativeiro babilônico em 587 a.C, do qual nem todos os judeus regressaram, sendo que muitos preferiram lá permanecer. Já havia uma comunidade instalada.

Mesmo tendo se espalhados ao todo por mais de 100 países, os judeus conseguiram manter vivas até hoje, suas crenças e tradições, nisto vemos claramente a mão de Deus !

Shalom. 

by Vanderlei l. Borkoski