Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6


Conclamação

Todos os textos aqui postados são de minha autoria, salvo aqueles em que estiverem as devidas referências bibliográficas e links.
Devemos ser originais em nossas colocações, mas não imaginários e sim embasados tão somente nas sagradas escrituras e respaldados pela lingüística, ciência, história e legislação humana.




Direitos do Blog

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IV – “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”

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Respalda-se também Lei nº. 9610, de 19/02/1998, que rege o seguinte:

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Batismo em nome de uma trindade?





Foto do meu batismo.


Mais uma questão polêmica. Batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

 As igrejas evangélicas (denominacionais), as igrejas protestantes, e as chamadas folhas soltas (Como a CCB e IASD,  que não são ligadas as demais denominações), batizam em nome da trindade cristã.

Herança do Catolicismo Romano passado aos Luteranos, Presbiterianos, Anglicanos, Batista e Metodistas e, por conseguinte aos demais.

Os mórmons também batizam em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, contudo sem uma visão trinitarista, mas sim triteista (para eles cada um destes são seres distintos que compõe uma tríade divina).
Mas isso não é explícito, para quem professa a fé trinitarista passa despercebida.

A IASD é trinitarista e batiza também segundo a fórmula de Mt 28:19, não obstante a IASD que atua no Oriente já age nos moldes dos judeus , ou seja, não pregam trindade e não   batizam em nome de trindade.
Os judeus messiânicos e os também chamados Judeus da Nova Aliança batizam em nome de Yeshua.

Os unicistas (modalistas) também batizam só em  nome de Jesus, mas na minha opinião isso não é diferente do batismo trinitarista, pois para eles, Jesus é o Pai e é o Espírito, são três “ofícios “ do mesmo D’us.

A única referência ao Batismo em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo na Bíblia (e que dá subsídios para a doutrina trinitarista) é Mateus 28:19.
Porém todas as outras vezes em que o batismo é citado, é sempre e unicamente no Nome de Jesus. (At 2:38, At 8:16,  At 10:48, At 19:5)
Historicamente o Didaquê (que é uma doutrina dos Apóstolos do I século) cita o batismo trino, em contrapartida citações em enciclopédias bíblicas revelam que mesmo assim não era essa a fórmula empregada pelos cristãos primitivos, diz ainda que o batismo trino foi empregado somente depois de Constantino (justamente para reforçar a doutrina trinitarista).


A CELEBRAÇÃO LITÚRGICA

CAPÍTULO VII 



1Quanto ao batismo, faça assim: depois de ditas todas essas coisas, batize em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

2Se você não tiver água corrente, batize em outra água. Se não puder batizar com água fria, faça com água quente.

3Na falta de uma ou outra, derrame água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

4Antes de batizar, tanto aquele que batiza como o batizando, bem como aqueles que puderem, devem observar o jejum. Você deve ordenar ao batizando um jejum de um ou dois dias."




Didaquê


Notas de enciclopédias: 

Enciclopédia Britânica, 11 edição , Vol.3 ´Pág. 365-366, “ A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras ai, Filho e Espírito Santo pela igreja Católica no 2º século. “Volume 3 pág 82. “Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em Nome de Jesus Cristo”.


Enciclopédia da Religião Canney , pág 53“ A religião primitiva sempre batizava em Nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento da trindade no 2º século.”

Enciclopédia Católica de 1913, Vol. II , pág. 365, “ Aqui o Católico reconhece que o batismo foi mudado pela Igreja Católica.”

Enciclopédia da Religião Hastings, Vol II, Pág 377-378-389. “ O Batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus.
O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em Nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino, quando a fórmula da trindade foi usada”. Na página Hastings comentando Atos 2:38, diz “NOME é o antigo sinônimo de pessoa.Pagamento foi sempre feito em nome de alguma pessoa, referindo-se a propriedade. Portanto alguém batizado em nome de Jesus torna-se sua propriedade pessoa”.

Nova Enciclopédia Internacional, Vol. 22 Pág 477, “O termo ‘trindade’ se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana”.

Tyndale Comentário do Novo Testamento: “...a verdadeira explanação porque a igreja primitiva nunca administrava o batismo em nome dos três que se refere Mt 28:19 porque não significa uma fórmula batismal . (Jesus) não estava dando instruções das palavras que deveriam ser usadas no rito batismal, mas como já havia sugerido, que a pessoa batizada tornava-se posse do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Enciclopédia de Religião e Ética, James Hastings, pág. 384.”Não existe evidência (na história da igreja primitiva) do uso dos três nomes. “Ver. Steve Winter ATOS 4:12 “Em nenhum outro nome há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens , pelo qual devamos ser salvos.”

Segundo o líder da Comunidade Judaica Messiânica Adonai Shamá Rosh Marcos Andrade Abrão, Mt 28:19 é uma interpolação bíblica.

A Bíblia de Jerusalém em nota de rodapé (e só ela, lembrando que é uma tradução católica), assevera que Mt 28:19 é uma interpolação, não constante nos melhores  manuscritos.

Contudo as cópias de manuscritos mais antigas constam sim Mt 28:19, tudo indica que não tenha sido interpolada. (Lembrando que não sou trintarista, mas amigo da verdade).

Até mesmo o Textus Sinaytivos e a Peshitta Aramaica que não sofreram influência do cristianismo romano consta em seus manuscritos Mt 28:19

Mt 28:19: Aramaic NT: Peshitta : ܙܠܘ ܗܟܝܠ ܬܠܡܕܘ ܟܠܗܘܢ ܥܡܡܐ ܘܐܥܡܕܘ ܐܢܘܢ ܒܫܡ ܐܒܐ ܘܒܪܐ ܘܪܘܚܐ ܕܩܘܕܫܐ ܀



Mt 28:19: Westcott/Hort with Diacritics (Textus Sinayticos): πορευθέντες οὖν μαθητεύσατε πάντα τὰ ἔθνη, βαπτίζοντες αὐτοὺς εἰς τὸ ὄνομα τοῦ πατρὸς καὶ τοῦ υἱοῦ καὶ τοῦ ἁγίου πνεύματος 

Uma coisa é certa, SE Jesus disse, certamente não foi com a intenção que hoje se atribui.

Mais uma coisa: Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, e quais são esses nomes?

Deixe-me explicar:

Em nome de, não quer dizer que tenha que se empregar o “EM NOME DE”, mas sim o nome, algo como:
Batizo-te em Nome de YEHUH (Jeová, Iavé), de Yeshua (Jesus) e do Ruach HaKodesh, percebe o quero dizer?

Qual o nome em que se deve batizar?

Em suma, São três as questões:


1- Batismo em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28:19) ou só Batismo em Nome de Jesus (At 2:38) ?
2- Se o Batismo é em Nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, então o batismo é em nome de uma trindade?
3-Se o Batismo é em Nome de, não deveria ser nos nomes de? Yehuh, Yeshua e Ruach Hakodesh?


Minhas considerações  finais: 


As Igrejas cristãs batizam em Nome de uma trindade, Jesus não ensinou isso, ainda que possa ter falado essas palavras. Entendo que hoje se EU batizar alguém segundo Mt 28:19, por certo estarei batizando no Nome de D’us, de Yeshua e do Seu poder manifesto o Ruach HaKodesh (Espírito Santo) -  (nunca no nome de um D’us trino) , ou  simplesmente no nome Santo de Yeshua (Jesus) - que entendo ser o mais acertado.


Baruch Haba B’Shem Adonai! (Bendito o que vem no Nome do Senhor!)




Dispensacionalismo - A teologia de John Nelson Darby


Dispensacionalismo é a corrente teológica que divide os acontecimentos bíblicos em períodos. Para ser mais exato, a relação entre D'us e os homens ao logo do tempo.Seu criador foi o teólogo John N. Darby. (18/11/1800 a 29/04/1882)
O grande defensor dessa teologia foi o teólogo e comentarista bíblico C.I Scofield.(19/08/1843) a 24/07/1921).


São sete as dispensações, a saber:

Inocência, consciência,  governo humano (ou nações), patriarcal (ou promessa), lei, graça e milenial. 

Inocência 

Contempla o período de tempo entre o fim da criação (Gn 2:1) e queda do homem.(Gn 3:7)

Consciência 

Vai da queda do homem (Gn 3:7) até o dilúvio (Gn 7:24)

Governo Humano (nações)

Inicia após o dilúvio (Gn 9:1) e se estende até Babel (Gn 11:9)

Patriarcal (promessa)

Da chamada de Abraão (Gn 12:1) até a lei (Torah), entregue a Moisés (Êx 20)

Lei

Da entrega da Torah no Monte Sinai (Êx 20), há cruz do calvário.(Jo 19:30)

Graça

Da efusão do Espírito em Pentecostes (At 2:1-20) até o arrebatamento.(I Ts 4:17)


Milênio 

Dá-se inicio com a volta de Cristo (Ap 1:7) e perdura por 1000 anos literais.(Ap 20:6)

Vejamos uma pequena síntese dessa teologia aplicada:

D'us fez o homem e estipulou uma única lei,(Gn 2:16-17) e o homem não foi capaz de obedecer (Gn 3:6), logo D'us se viu obrigado a rever seus planos. Dessa vez permitiu que o homem agisse livremente, oque culminou em novos problemas, mais uma vez D'us revê seus planos, dessa vez decide refazer sua criação (Gn 6:17), salva Noé e de sua descendência sucinta uma nova civilização.(Gn 6:18) Tudo vai bem a principio, mas logo surge Babel,(Gn 10:10, Gn 11:4)  novos problemas. Então D'us em meio a idolatria que surgirá nesta dispensação, encontra um homem justo,Abrão.(Gn 12:1) Faz a ele promessas que beneficiariam não só a ele. como a toda a terra.(Gn 12:3)
De Abrão faz Abraão (pai de muitas nações) (Gn 17:5), e através dele um povo escolhido, um reino sacerdotal. (Êx 19:6)
D'us revela sua Lei (Torah) (Êx 20) e encerra todos os homens debaixo do pecado.(Rm 3:9) A Lei segue com seus 613 estatutos até a plenitude dos tempos quando, D'us traz a sua mais importante revelação: Seu filho Yeshua (Jesus).(Gl 4:4)
Desde então vivemos na dispensação da graça e aguardamos por seu retorno para que sejamos efetivamente salvos (Jd 1:21) e inicie-se a dispensação do milênio.(Ap 20:6)

Implicações negativas do dispensacionalismo

Dualismo entre Israel e a Igreja

Por essa teologia existe distinção entre Israel e a Igreja. A promessa restritas a Israel e promessa restritas a Igreja.
Vou direto ao ponto. Para os dispensacionalistas, a vinda de Yeshua será literal e depois da tribulação, até aqui concordo plenamente. Contudo, os dispensacionalistas defendem que Israel passará pela grande tribulação, mas a Igreja não (será arrebatada antes).
Sobra então passar pela grande tribulação os judeus (etnia), os ímpios (propriamente) e os desviados da igreja (os que não se firmaram).
E por quê?
Porque a dispensação da Lei é para Israel, e a dispensação da graça para a Igreja, logo, quando o serviço do templo for restabelecido (Dn 9), a Igreja não poderá estar aqui, afinal a igreja pertence a dispensação da graça, como poderia a igreja estar presente nessa retomada da Lei, claro que se questionar há um dispensacionalista, ele irá asseverar que continua sendo a graça, e só Israel faz parte desse serviço sacerdotal.O difícil de explicar são as inúmeras profecias que fazem referência ao milenio, e em todas elas vemos o serviço do templo retomado (Ez 40 a 48), Israel exercendo seu sacerdócio e o mais interesnsante: a Igreja junta e as nações vindo para congregar.

Ficam as seguintes perguntas:

Se há uma dispensação para cada revelação entre a a relação de D'us e os homens, como poderia haver esse retorno a Lei no período do milênio ;(Is 66:20-23)

Se hoje somos salvos pela graça, que é dom de D'us (Ef 2:8) (e não favor sem merecimento como afirmam muitos), como era dada a salvação nas dispensações anteriores?

Se a distinção entre a Igreja e Israel, como fica o fato de D''us fazer de ambos os povos, um só. Desfazendo a parede que nos separava de Israel? (Ef 2:14)

Esse ensaio não se propõe a liquidar o dispensacionalismo, mas sim, apontar que o mesmo não encerra respostas a questionamentos que ele mesmo provoca, gerando assim lacunas a serem preenchidas.

Existem mais duas correntes teológicas acerca da divisão dos acontecimentos bíblicos, que são:

Teologia do pacto e teologia da Nova Aliança.

Ambas tratam da relação entre D'us e os homens através de pactos  que contemplam toda a humanidade. Não existe uma divisão de períodos, mas sim o desdobramento da graça de D'us de geração a geração.(Um único pacto - o da Graça)
Aponto como um ponto negativo, a espiritualização de textos que são patentemente literais.

A diferença entre a a teologia do pacto e a teologia da nova aliança, repousa no entedimento sobre a aplicação da lei.

A teologia do pacto, compreende que a divisão das leis (Torah) em: Morais, Civis e Cerimoniais), cabendo a Igreja a guarda das Leis Morais (Os 10 mandamentos) 

A teologia da Nova Aliança por sua vez, defende que devemos trocar a Lei de Moisés pela Lei de Cristo (instruções morais de Cristo e do Novo Testamento).


Conclusão:

Minha conclusão é uma observação pessoal. Acredito que há uma coerência no dispensacionalismo (quanto ao milênio literal), mas não tem todas as respostas, não sem forçar textos e trazer invencionices (como a volta de Jesus em duas fases)
De mesma sorte a teologia do pacto e da nova aliança, é um conceito muito bom, ao meu ver, melhor que o dispensacionalismo, não obstante também não encerra em si todas as respostas.
O ideal é sintetizar estas correntes, pondo de lado o tendencialismo.


Nota: 

Está postagem é uma introdução a analise escatológica sobre o arrebatamento, a volta de Jesus e reino milenial, que será desdobrado nas próximas postagens.

Também serão propostas analises acerca de elementos dentro do livro de Revelações (Apocalipse)


Baruch Hu!